Psicologia Junguiana: Entendendo sintomas como desejos de cura
- Patricia Cordeiro

- 29 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

Na jornada rumo ao entendimento mais profundo de nós mesmos, a psicologia junguiana nos oferece uma perspectiva intrigante, onde os sintomas não são apenas manifestações aleatórias ou problemas no funcionamento da “máquina humana”. Os sintomas são compreendidos como mensagens do nosso inconsciente, clamando por atenção e compreensão.
Ao contrário da tendência comum de reprimir ou eliminar os sintomas, a proposta junguiana nos instiga a uma exploração mais profunda. Cada sintoma é encarado como uma ferida psicológica, uma ferida que, longe de ser um mero incômodo, é na verdade um chamado para adentrarmos em terrenos inexplorados da nossa psique.
Para a psicologia junguiana os sintomas são desejos de cura e ao invés de apenas reprimi-los ou eliminá-los precisamos compreender a ferida que eles representam; ao invés de fugir, somos convidados a encarar de frente as questões que esses sinais nos apresentam.
Imagine os sintomas como guias, apontando para áreas negligenciadas da nossa experiência emocional. Em vez de enxergá-los como obstáculos a serem superados, somos convidados a compreender a ferida que eles representam em uma jornada de autoconhecimento e aceitação.
Ao desvendar os significados simbólicos por trás dos sintomas, mergulhamos em um diálogo profundo com o nosso eu interior. Não se trata apenas de tratar os efeitos superficiais, mas de compreender as causas subjacentes. Nesse caminho, os sintomas não são vistos como inimigos, mas como aliados na busca pela nossa própria cura.
A psicologia junguiana nos convida a transcender a abordagem convencional de "combater os sintomas" para uma visão mais holística. A cura, sob essa perspectiva, não é apenas a supressão temporária, mas sim a compreensão profunda e a aceitação das complexidades da nossa psique. Em cada sintoma, há uma oportunidade de crescimento pessoal e de conquistar uma vida mais autêntica e plena.
Mas é importante lembrar que essa abordagem de forma alguma exclui a forma convencional de tratar sintomas de doenças ou qualquer tipo de tratamento médico, ela apenas convida para que frente aos sintomas possamos lançar sobre eles um olhar mais ampliado, que integra corpo e mente, visto que somos um Todo e não partes.




